quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

O PRÊMIO DA SOBERANA VOCAÇÃO


FILIPENSES 3: 12-16

INTRODUÇÃO
Martyn Lloyd-Jones é da opinião que nesta passagem o apóstolo Paulo descreve em detalhe o que poderíamos chamar de método da vida cristã: “O apóstolo dá-nos aqui um retrato mais íntimo de sua própria vida espiritual e da disciplina da sua vida cristã do que em qualquer outro de todos os seus escritos”.
[1] Isto significa que estudar este texto é ter acesso ao segredo da vida de um gigante espiritual. É conhecer o padrão de espiritualidade seguido pelos maiores santos de todos os tempos, pois as melhores biografias dos mais eminentes servos de Deus revelam estes princípios sendo aplicados em suas vidas. Aqui temos o caminho estabelecido pelo próprio Deus para a vida de todo aquele que tem anelos de santidade em seu coração.
Nos versos anteriores pudemos perceber qual o maior interesse da vida do apóstolo Paulo. Ele anelava por conhecer a Cristo e imitá-lo. No verso 8 ele apresenta a causa da sua santa e saudável fixação na pessoa do Salvador. A excelência do conhecimento de Cristo o fascinava. Tratava-se de um conhecimento sublime, acima dos demais e amável por si mesmo. Neste mesmo verso ele expressa seu desejo de ganhar a Cristo. Ter mais do seu Redentor. No versículo 10 mais uma vez o grande apóstolo revela o anseio de conhecer a Cristo para além daquilo que já conhecia. Mas, não apenas isto. Seu anelo era o de conformar sua vida à vida de Cristo. Experimentar o poder da sua ressurreição, a comunhão dos seus sofrimentos, a identificação com sua morte até alcançar a ressurreição dos mortos.
Ao chegarmos ao verso 12 o apóstolo Paulo exprime um fato relacionado à sua vida e a de todos os crentes. Apesar de toda a renúncia que havia feito do seu passado, da experiência da justificação pela fé e do conhecimento vivo da pessoa de Cristo que alcançara, ele relata que não tinha ainda atingido uma meta.
Antes de sabermos de que alvo o apóstolo Paulo fala, ou seja, qual o significado desta meta, precisamos esclarecer o que ele certamente não está falando quando menciona este objetivo ainda não alcançado. É fato que este alvo não pode se relacionar a sua salvação pessoal. Esta ele a tinha e sempre a teve por segura (II Tm 1:12; Rm 8: 38-39; Fp 1:6). Nos versos anteriores ele ressalta o fato de haver alcançado uma justiça gratuita que vem pela fé. Esta justiça é aquela mediante a qual Deus nos considera justos. Não por o sermos perfeitamente de fato, mas por causa da justiça que nos foi atribuída por Cristo quando nele cremos. A justificação dá-se pela graça mediante a fé somente. Quem crê é declarado justo. Quem é justo é herdeiro da promessa da vida eterna. Está fora de condenação.
É igualmente certo que o apóstolo Paulo não está falando aqui sobre o céu. Era evidente para todos que ele não havia alcançado ainda o céu. Uma afirmação como esta: “não que eu o tenha já recebido...” seria absurda se ele estivesse a dizer que não havia ainda alcançado a ressurreição dos justos. Seria como um certo escritor que disse jocosamente que as notícias referentes à sua morte eram exageradas.
Não se discute que o prêmio da soberana vocação envolvia a promessa da ressurreição final e a conseqüente entrada no céu. Todo o contexto do capítulo, no entanto, revela seu anelo de conhecer a Cristo e se conformar à forma de viver do seu Senhor e Salvador. Este era o seu alvo. O déficit que ele provava em sua vida relacionava-se a distância que sentia quando pensava numa vida semelhante à de Cristo.
A perfeição que ele ansiava alcançar era um conhecimento amplo da pessoa de Cristo associado a uma profunda identificação com a vida de Cristo. Este é um texto que sem dúvida fala sobre santificação. Isto porque a santificação trata-se justamente disto: o processo através do qual a vida do crente torna-se parecida com a do seu Senhor e Salvador. Martyn Lloyd-Jones revela sua certeza quanto a meta acerca da qual o apóstolo Paulo está falando:
Ele foi salvo, como todo cristão, a fim de que ele pudesse alcançar um alvo particular, e ele descreve este alvo no versículo 10 – que ele pudesse conhecer a Cristo plena e perfeitamente; e não apenas isto, mas que ele pudesse tornar-se como Cristo, que ele pudesse conhecer ‘o poder da sua ressurreição, a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-se com ele em sua morte’.
[2]

DOUTRINA: O CRISTIANISMO NOS CHAMA PARA VIVERMOS UMA VIDA DE AVANÇO DIÁRIO RUMO A NOSSA PARTICIPAÇÃO NA SANTIDADE DE CRISTO.

PERGUNTA-CHAVE: COMO DEVEMOS AVANÇAR TODOS OS DIAS RUMO A NOSSA PARTICIPAÇÃO NA SANTIDADE DE CRISTO?


1. DEVEMOS AVANÇAR TODOS OS DIAS RUMO A NOSSA PARTICIPAÇÃO NA SANTIDADE DE CRISTO COM A CONSCIÊNCIA DA NOSSA IMPERFEIÇÃO PESSOAL.


Ninguém progride na vida cristã sem um senso de insatisfação. Uma das características dos verdadeiros santos de Deus é um sentimento de descontentamento com o nível de crescimento espiritual alcançado. No verso 12 o apóstolo Paulo expressa o sentimento de que havia em sua vida muita imperfeição a ser corrigida. Ele se sentia distante do alvo. Sabia que podia conhecer mais de Cristo e ter sua vida mais semelhante à vida do seu Salvador.
A vida cristã, por mais longe em sua jornada espiritual que um crente tenha ido, é sempre marcada por humildade. É impossível viver o cristianismo sem convicção de pecado. As lágrimas fazem parte da vida na graça. Isto porque o cristão sabe que foi conquistado pelo amor divino não apenas para ser perdoado, mas para ser santo. A fé cristã sinaliza para o crente uma vida semelhante àquela que o próprio Deus vive. Uma vida de perfeito amor. Os olhos do cristão estão postos na beleza do caráter de Deus. Um Deus que o convida para ser partícipe da beleza da sua santidade. A defasagem entre o que o cristão é e o que poderia ser o torna mais humilde, quebranta-lhe o coração e traz-lhe fome e sede de justiça à alma. Estas são ao lado da mansidão as primeiras bem-aventuranças que o Senhor Jesus nos ensinou.
[3] São algumas das principais marcas da verdadeira espiritualidade e os sentimentos que estão entre os mais presentes na autêntica vida cristã.
Ao mesmo tempo somos lembrados por esta passagem do fato de que a graça de Deus pode habitar em meio a muita imperfeição. O apóstolo Paulo admite que a justificação não produz imediatamente homens e mulheres perfeitamente santos. Não existe santificação instantânea na Bíblia. Como muito bem nos recorda Martyn Lloyd-Jones:
“... perfeição e completa santificação não são alcançadas de repente... não há transição repentina de um estado de aperfeiçoamento para um estado de perfeição... em um encontro ou numa convenção você pode ter uma nova visão do amor de Deus, mas isto é muito diferente de perfeição e completa santificação”.
[4]

Deste modo, um paradoxo é criado. De um lado a justificação que leva o crente a aceitar que é aceito por Deus apesar das suas imperfeições. Por outro lado o chamado à santificação que leva o crente a não aceitar a vida que leva. Uma vida ainda tão distante do ideal de Deus para o seu povo.

2. DEVEMOS AVANÇAR TODOS OS DIAS RUMO A NOSSA PARTICIPAÇÃO NA SANTIDADE DE CRISTO NÃO PERMITINDO QUE A VISÃO DAS NOSSAS IMPERFEIÇÕES NOS PARALISE, MAS PROSSEGUINDO FIADOS NA VITÓRIA SOBRE O PECADO QUE CRISTO CONQUISTOU PARA O SEU POVO.

No verso 12, conforme foi ressaltado acima, o apóstolo Paulo reconhece o fato de que a graça de Deus não nos torna perfeitos no exato ponto da nossa justificação. A justificação é a garantia de que nossos pecados foram perdoados e que não há mais separação entre nós e Deus. A justificação, contudo, não é a garantia de que estamos livres completamente do pecado.
A graça de Deus, contudo, que nos justifica é a mesma que nos santifica. O Cristo que conquistou para nós o perdão no Calvário é o mesmo que conquistou para nós a vitória sobre o pecado.
É justamente por isto que o apóstolo Paulo diz no verso 12 “... mas prossigo...”. Suas imperfeições não geravam uma espécie de paralisia espiritual fruto de desânimo com as imperfeições da vida. Ele podia dizer: “Não que eu o tenha já recebido, ou tenha já obtido a perfeição...”. Num mesmo fôlego, no entanto, podia também dizer: “... mas prossigo...”. Qual a razão de ele não haver sido vencido pelo desânimo? A razão devia-se ao fato de ele saber que a realidade dos resquícios do pecado em seu coração não era a única verdade sobre sua vida. Ele sabia que Cristo havia conquistado para ele a vitória sobre o pecado também. Não apenas o perdão. Não apenas a vida eterna. Não apenas a adoção. Mas, a santificação também: “... prossigo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus”.
Porque havia sido salvo por Cristo soberanamente, o apóstolo Paulo sabia que podia conquistar o que Cristo havia conquistado para ele. Sua certeza era a de que a graça trazida por Cristo possibilita ao crente conquistar a vitória sobre o pecado. A vitória sobre aquilo que leva o homem a viver a vida que Deus não vive.
Fica de modo bastante evidente nesta passagem que o segredo da vida cristã é o crente saber quem ele é. Tomar consciência em sua vida que o pecado não lhe é mais natural. O crente é alguém que recebeu uma nova natureza. Sua natureza regenerada não deseja mais o pecado. O pecado lhe é antinatural. O segredo da fecundidade da vida espiritual do apóstolo Paulo é revelado nesta passagem. Um profundo otimismo espiritual face à presença da graça em seu coração. Ninguém avança na vida cristã julgando que o pecado é um problema sem solução. Avança-se na vida cristã sabendo que Cristo conquistou a santificação para o seu povo.

3. DEVEMOS AVANÇAR TODOS OS DIAS RUMO A NOSSA PARTICIPAÇÃO NA SANTIDADE DE CRISTO ESQUECENDO-NOS DO QUE DEVEMOS NOS ESQUECER DO PASSADO, INVESTINDO NO QUE DEVEMOS INVESTIR NO PRESENTE E OLHANDO PARA O QUE DEVEMOS OLHAR NO FUTURO.

Mais uma vez o apóstolo Paulo menciona a realidade da sua imperfeição no verso 13: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado...”. Fica claro que tratava-se de algo que ele queria que os “irmãos” soubessem muito bem. Ao dizer “quanto a mim” procura apresentar a partir da sua autoridade de apóstolo algo que dizia respeito à vida de todos os cristãos. Se este era o seu caso, o mesmo deveria acontecer na vida de todos os crentes. Em seguida afirma: “... não julgo havê-lo alcançado...”. Com base num minucioso auto-exame ele podia perceber que não era o que deveria ser. Uma verdadeira inspeção da própria vida resulta sempre nesta declaração. Aqui somos mais uma vez remetidos a um dos segredos de sua vida espiritual. O apóstolo Paulo submetia sua vida a disciplina espiritual do auto-exame. Carecemos de saber se regredimos em nossa vida cristã, ou se estamos vivendo uma fase de estagnação. Só descobrimos estas coisas quando de uma forma não neurótica, mórbida ou exageradamente introspectiva, examinamos a nós mesmos, aplicando certos testes à nossa vida.
A despeito de tudo, porém, uma decisão ele havia tomado: “... mas uma coisa faço....” Este é o verdadeiro auto-exame. Aquele que não nos enfraquece, mas nos leva a agir. Ficamos aqui face a face com um conceito de espiritualidade ativo. No qual as imperfeições, conforme foi falado acima, não inibem o crente de agir, e, a graça o leva a avançar esperançosamente. Aqui vemos a importância da concentração na vida cristã. Uma coisa faço! O mundo esta cheio de distrações, por isto o cristão se mantém concentrado em sua santificação. Não há espaço para esforços espasmódicos. A vida cristã é impossível de ser vivida sem disciplina. Temos que saber usar o tempo, nossas conversações, o lazer, viagens, entre tantas outras coisas mais que as vezes são inocentes em si mesmas, mas que podem se transformar em ídolos em nossa vida.
Que coisa é esta que o apóstolo Paulo fazia? Ele revela que havia tomado decisões quanto ao passado, ao presente e ao futuro de sua vida. Ele via o cristianismo como algo que deveria afetar sua visão do passado de sua vida e determinar o curso de sua história no presente com base num alvo estabelecido pela graça para o seu futuro.
Em primeiro lugar, ele destaca um tratamento que deveria dar ao seu passado: “... esquecendo-me das coisas que para trás ficam...”. Que declaração extraordinária! Sobre o que ele está falando? Certamente ele está falando sobre algo que inevitavelmente temos que deixar para trás por ser incompatível com a dinâmica da vida cristã e a própria vida cristã. Nem tudo fica para trás em nossa vida. Por isto, nem sempre devemos nos esquecer do passado. Por exemplo, jamais ficará para trás em nossa vida o que Cristo fez por nós ao nos salvar. Aí está algo do qual não podemos jamais nos esquecer. Como nos esquecer das misericórdias manifestadas no passado de nossa vida?
Existem, no entanto, as coisas que para trás ficam. Ficam porque o evangelho exige que assim o façamos. Passamos por elas. Devemos deixá-las passar. Devem ser esquecidas. Por que devem ser esquecidas? Por que o evangelho fez com que elas ficassem para trás! Este é o ponto. Se o evangelho exige que elas fiquem para trás isto deve-se ao fato de que o evangelho as sepultou. E, se o evangelho as sepultou elas nos são prejudiciais à vida cristã.
Vamos agora a questão básica: o que deve ser deixado para trás? Se formos nos ater ao texto do capítulo 3 (esta é sempre uma boa forma de interpretação bíblica), veremos que o apóstolo Paulo fala de três coisas que se relacionam ao passado de sua vida. A primeira, é a religião sem Cristo. Todo o histórico de conquistas morais e espirituais dos versos de 4 a 6. Estas coisas deveriam ser deixadas para trás por serem fonte geradora de soberba. Com o evangelho no coração ele podia prescindir de todas elas. A segunda, é a que ele nos apresenta nos versos 12 e 13. Sobre o que ele nos fala nesses versos? Ele fala tanto de algo que já havia conquistado como de algo que não havia conquistado ainda. Ele já se via dentro de um processo. Alguma coisa estava em curso na sua vida. Havia, contudo, em seu coração um senso de ausência. A falta de algo que ele julgava que deveria lutar para alcançar. A terceira, são os erros que cometeu após sua conversão. Como ele haveria de dizer que não havia alcançado a perfeição senão através da percepção das falhas de sua vida?
A conclusão a que chegamos é que o apóstolo Paulo queria se esquecer das seguintes coisas:
- A religião sem Cristo, com todo seu histórico de façanhas espirituais e legalismo religioso. Isto poderia levá-lo a soberba tola.
- As etapas da vida cristã que já havia passado e que deveriam conduzi-lo a algo maior. Isto poderia, caso não o fizesse, a levá-lo a estacionar numa fase que deveria servir de plataforma para a promoção de algo maior. Diz Martyn Lloyd-Jones:
Muitos cristãos estão com problemas porque tentam viver das experiências passadas. Eles se lembram das suas experiências e tentam sacar alguma coisa delas; eles estão, como se fosse, retirando algum capital que lhes foi dado no passado, sem receber nada no presente. Paulo denuncia isto; este não é de modo algum o seu método. Ele não se agarra ao passado, ou vive de suas experiências; seu método é ativo, avançando em direção do futuro.
[5]

- As derrotas do passado frutos da imperfeição da sua vida. Isto poderia levá-lo ao desânimo.
Esquecer-se de todas estas coisas era fundamental para que ele se mantivesse fiel ao evangelho e não permitisse que obstáculos surgissem em sua jornada espiritual. Esquecer-se da antiga religião é fundamental porque o evangelho nos remete para algo diametralmente oposto. Trazer vícios da antiga religião para o cristianismo é cair, ou no legalismo adoecedor, ou cair no orgulho espiritual suicida. Esquecer das etapas da vida cristã já transpostas é importante porque o cristianismo é sempre uma religião que acrescenta coisas ao homem. Uma bênção conduz a outra. Ele já havia sido justificado. Sua preocupação não deveria ser mais com o perdão dos pecados, mas com a santificação do seu ser.
Não havia espaço em seu cristianismo para o saudosismo, a culpa, a fixação infantil numa etapa da sua jornada espiritual ou a estagnação numa das fases da vida cristã. Isto liberava uma energia enorme que podia ser canalizada para o que ele menciona a seguir. William Hendriksen ajuda-nos a entender à luz da metáfora usada por Paulo a importância para nossa vida de não “olharmos para trás”: “O corredor não olha para trás. Sabe que se o fizer perderá velocidade, saíra da pista, e fracassará em seu intento de ganhar. Além do mais, virar a cabeça enquanto se corre é sumamente perigoso”.
[6] Assim, ele poderia aplicar todo seu vigor em algo muito mais valioso. Ele fala de um avanço contínuo para as coisas diante de que estava: “... avançando para as que diante de mim estão...”. Hendriksen nos lembra que “o verbo empregado no original é bastante gráfico. Pinta o corredor com todos os seus músculos e nervos tensos, correndo com todas as suas forças para a meta, com a mão estendida como se quisesse agarrá-la”. [7]
Martyn Lloyd-Jones nos recorda que o verbo usado para avançando é o mesmo que ele usou no verso 6 para falar da sua perseguição da igreja:
Lá ele desceu a estrada, respirando ameaças e morte, perseguindo a igreja. E, este é o modo pelo qual está vivendo a vida cristã. Assim como ele uma vez seguiu os cristãos e os caçou e os procurou em todo canto e esquina, desse modo ele está agora seguindo esta coisa pela qual ele foi conquistado.
[8]

A vida cristã é uma vida de constante avanço. O cristão sabe que Deus tem para ele o que é excelente. Deus decretou ter mais filhos aos quais lê pudesse amar com o amor que tem por Cristo. O amor que Deus tem por Cristo é um amor complacente. O Pai se deleita no Filho. A felicidade do Pai consiste em contemplar a beleza do seu Filho amado. O Pai no predestinou para esta salvação a fim de que sejamos partícipes do prazer que ele tem no Filho. O Pai quer se ver em nós! Por isto o crente avança. Usa sempre o seu presente para que cada segundo o leve na direção do sonho de Deus.
O crente regula sua vida como um todo com base em um alvo que tem para o futuro. Se não sabemos para onde ir, qualquer caminho que tomemos nesta vida fará sentido. Viver, porém, sem fazer escolhas racionais que devem sua razão de ser a um plano pré-estabelecido em bases intelectuais sólidas, é viver a vida dos animais irracionais. O apóstolo Paulo revela que sabia de antemão como deveria administrar o seu dia. Os caminhos que teria, conseqüentemente, de escolher: “... prossigo para o alvo...”. Tudo em sua vida que não se ajustasse a este alvo haveria de ser lançado para longe por ele. Todos os demais alvos de sua existência eram subservientes a este alvo maior.

4. DEVEMOS AVANÇAR TODOS OS DIAS RUMO A NOSSA PARTICIPAÇÃO NA SANTIDADE DE CRISTO SABENDO DE ANTEMÃO QUE FOMOS SOBERANAMENTE CHAMADOS POR DEUS PARA SERMOS PERFEITAMENTE SANTOS.

Não há vida mais emocionante do que a cristã. É a única que tem o direito de ser considerada como tal. Mas, certamente viver a vida cristã em um mundo como esse é expor a própria existência a inúmeros perigos. O cristianismo atrai perseguição. Vale a pena ressaltar não apenas isto, mas o fato de que o próprio desenvolvimento da vida cristã está exposto a muitos obstáculos, neste mundo que não é o habitat natural para aquele que é santo. É como subir uma montanha. Lá está alguém num determinado ponto da escalada tendo que administrar um escorregão e a necessidade de retomar um caminho difícil.
Nada é mais importante abaixo do trabalho do Espírito Santo na vida do crente do que a motivação da Palavra de Deus. É o fogo no coração que a verdade do evangelho põe que faz o crente lançar para longe de si o desânimo. No verso 14 o apóstolo Paulo revela o pensamento que norteava toda sua busca por Cristo e uma vida de santidade. Primeiro, ele fala de um prêmio. Ou seja, o glorioso resultado final da salvação trazida por Cristo. Em seguida, ele menciona a “soberana vocação de Deus”. Ele se via como alguém que fora soberanamente vocacionado, ou chamado por Deus. E, isto, “em Cristo Jesus”. Algo que lhe chegara à alma quando ele teve seu encontro com Cristo.
Bom, buscar a santificação e a Cristo é atender o chamado soberano de Deus. Aí está toda a glória do evangelho! O evangelho quando aplicado pessoalmente pelo Espírito Santo na vida de um homem, representa Deus o chamando para ser salvo deste mundo, não imitar a Satanás, vencer a si mesmo, a fim de participar da santidade de Cristo. Não há propósito maior de Deus para nossa vida do que este.
É a origem divina desta vocação que leva o crente a concentrar-se inteiramente nesta meta. Quem o chamou para participar desta vida foi o próprio Deus. Quem o estimula a continuar correndo é Deus. Quem lhe dará o prêmio será Deus.

5. DEVEMOS AVANÇAR TODOS OS DIAS RUMO A NOSSA PARTICIPAÇÃO NA SANTIDADE DE CRISTO CONCILIANDO A DEPENDÊNCIA DE DEUS COM O TRABALHO HUMANO.

Há etapas da salvação que são monergísticas e há etapas da salvação que são sinergísticas. Quando pensamos na regeneração, por exemplo, somos levados a crer que trata-se do trabalho de Deus somente em nossa vida. Da mesma forma que não somos responsáveis pelo nosso nascimento biológico, não somos responsáveis pelo nosso nascimento espiritual. Não podemos ser. Estávamos mortos e Deus teve que nos dar vida a fim de que atendêssemos a sua voz. Já a santificação é uma obra onde ocorre uma sinergia. O trabalho de duas pessoas. Deus e o crente regenerado.
Esta doutrina nos é ensinada nos versos 15 e 16 que destacam o lado divino-humano da santificação. Senão vejamos: primeiro, o apóstolo Paulo faz um apelo aos que são perfeitos. Aqui ocorre uma aparente contradição. Sabemos que ele já havia acabado de dizer que nenhum cristão é perfeito. E, agora faz um apelo aos que são perfeitos. De quem ele está falando? Ele está falando certamente de si mesmo e das mesmas pessoas que considera imperfeitas tal como ele. Uma afirmação pode ser verdadeira e ao mesmo tempo falsa quanto a alguma coisa dependendo da perspectiva em que tratamos da questão.
Nenhum crente é no campo da santificação perfeito, mas todos os crentes são perfeitos no campo da justificação. A santificação tem seus graus de perfeição. Varia de pessoa para pessoa em intensidade. Já a justificação não. Ninguém pode ser mais justificado do que outro em razão do fato do perdão que Deus nos concede ser perfeito e o sacrifício de Cristo na cruz suficiente para cobrir todas as nossas iniqüidades. É possível, e este é o ponto de vista de grande parte dos comentaristas bíblicos, que o apóstolo Paulo esteja falando sobre crentes amadurecidos que haviam alcançado este nível de interesse pela santificação de suas vidas. F. F. Bruce partilha deste ponto de vista: “... a ambição centralizada em Cristo, expressa por Paulo, é o que deveria caracterizar todos os crentes ‘maduros’, isto é, perfeitos”.
[9]
Os que são perfeitos quanto a sua posição diante de Deus, ou que alcançaram certo nível de maturidade, sempre terão alguma deficiência a ser superada em seu entendimento da verdade. Estes podem “... pensar de um outro modo...”. Poderiam ter dúvidas quanto a certas particularidades da verdade.
Deus, porém, que os havia chamado para serem santos, haveria de estar com eles em todo o processo. Trazendo-lhes algo de tão grande importância para a vida cristã que vem a ser esclarecimento: “Deus vos esclarecerá”. Pelo seu Espírito Deus lhes traria entendimento espiritual. Os ajudaria a aplicar a verdade, a discernir o que ao homem foi dado conhecer daquilo que só será compreendido na glória celeste. Tudo o que eles deveriam fazer era ser pacientes nas suas indagações, esperando em Deus a resposta que haveria de lhes trazer esclarecimento. Martyn Lloyd-Jones comenta:
Este é certamente um princípio muito saudável. A maneira do apóstolo de lidar com aquelas dificuldades e com algumas perplexidades intelectuais é esta: prática! Coloque em operação as coisas centrais acerca das quais você está certo e se você fizer isto, Deus então revelará a você a verdade concernente aquelas outras coisas.
[10]

Apesar do socorro divino, no entanto, a eles cabia andar “... de acordo com o que já alcançamos”. Eles não deveriam estacionar na vida cristã. Era-lhes mister usar cada etapa da vida cristã para alcançar a outra. Com base no conhecimento já adquirido prosseguir na direção da meta gloriosa estabelecida por Deus. Conforme diz William Hendriksen:
A norma foi estabelecida. O princípio – ‘estamos muito longe de ser perfeitos, mas em Cristo devemos esforçar-nos para alcançar a perfeição’ foi enunciado e exemplificado. Que nossas vidas, pois, sejam regidas pela consciente aplicação deste princípio. Jamais deve ser abandonado.
[11]

Resumindo, aqui temos de acordo com a descrição do apóstolo Paulo o que cabe ao crente fazer e o que ele deve esperar da parte de Deus. Ao crente cabe:
- Compreender que já foi objeto de uma obra de transformação da graça de Deus, e, justamente por isto o apelo a santificação é feito a ele.
- Com base em entendimento da verdade, cultivar em seu coração o sentimento de amor por Cristo e pela vida de santificação.
- Ter esperança de que Deus lhe dará entendimento espiritual sempre que precisar.
- Andar de acordo com as etapas que correspondem às conquistas espirituais e entendimento da verdade obtidos mediante a fé em Cristo.

APLICAÇÃO

1. CONSIDERE DE MODO SOLENE E QUEBRANTADO SUAS IMPERFEIÇÕES.
Esta é a condição indispensável para uma vida de crescimento espiritual. Somente emendaremos de modo resoluto nossa vida se experimentarmos convicção de pecado. Não existe nada que nos impeça mais de crescer na graça do que uma cega satisfação com a nossa vida cristã.
Evite medir sua vida pela daqueles que o cercam e estão como a se arrastar em sua vida espiritual. Veja sua vida à luz da meta que a Palavra de Deus apresenta. Olhe para Cristo e sua completa dedicação à vontade do Pai. Pense nos seu amor pelos perdidos. Sua misericórdia pelos sofredores. Sua dedicação aos seus discípulos.

2. NÃO PERMITA QUE A VISÃO DAS SUAS IMPERFEIÇÕES O LEVE A CONSIDERAR-SE NÃO CONVERTIDO.

Há uma boa forma de você saber que suas imperfeições não são os defeitos dos hipócritas e sim as deficiências restantes na vida dos santos de Deus. Os santos não conseguem conviver com o pecado. Não tratam de adulterar a Bíblia a fim de fazer com que o seu pecado caiba nela. Você se inquieta com suas imperfeições? Elas lhe são um peso? Você tem lutado para abandoná-las?
Lembre-se que você foi justificado pela graça mediante a fé somente. Buscar paz para a consciência numa vida perfeita é cair em areia movediça. Você foi salvo para a vida perfeita, não pela vida perfeita. Aliás, você foi salvo sim pela vida perfeita, mas não a sua, e, sim, a do seu Salvador que é o Cordeiro Santo de Deus que morreu pelos seus pecados e cumpriu a lei para que você alcançasse a vida eterna. Lembre-se que o apóstolo Paulo se considerava salvo apesar das suas imperfeições.


3. EVITE A TODO CUSTO CRER EM PROMESSAS DE SANTIFICAÇÃO INSTANTÂNEA.

A santificação é um processo. Não pode ser alcançada num final de semana em um retiro. Um grande incremento a nossa santificação pode ocorrer num encontro, retiro, congresso ou convenção. A idéia, contudo, de que podemos ser subitamente alçados a uma vida sem pecado, lutas e tentações vai de encontro a tudo que a Bíblia nos ensina. A santificação é luta diária. Uma bênção que tende sempre a aumentar na vida do crente disciplinado, mas que nunca lhe vem de modo súbito e perfeito.

4. CREIA QUE A GRAÇA DE DEUS JÁ O TIROU DA ESCRAVIDÃO DO PECADO.
Saiba quem você é. Não se veja como um escravo do pecado. Alguém que só deve contar com a graça misericordiosa e perdoadora e não com a graça poderosa e transformadora. Satanás fará de tudo para convencê-lo que não há mais esperança. Que sua vida é a mesma. Que genética é algo mais poderoso do que graça. Que a força dos antigos hábitos e maior do que o poder da regeneração. Creia que onde todos os da sua família falharam você pode sair vitorioso, porque você nasceu de novo.

5. PRATIQUE SEMPRE A DISCIPLINA DO AUTO-EXAME.
Não existem atalhos na vida de santidade. Um caminho que tem sido tomado pelos grandes santos de Deus na história é o da prática diária do auto-exame. Estes homens sempre entenderam que não haveriam de largar o pecado, detectar faltas que muitas vezes passam despercebidas pelos que as praticam e avançar na vida de santidade, sem avaliarem sua conduta diária.
Faça certas perguntas diariamente a si mesmo:
- Usei o dia para a glória de Deus?
- Tenho manifestado um espírito de autonegação em minha vida?
- Pratico os exercícios devocionais que aproximam a alma de Deus e fortalecem o coração?
- Pessoas têm sido levadas a Cristo por meu intermédio?
- Sou um adorador?
- Sou grato a Deus?
- Vivo como que sabe que a vida é dura, curta e incerta?
- Tenho me preparado para o dia da minha morte?
- Os que me são mais próximos podem dizer que vêem Cristo em minha vida?
- Sou generoso?
- Manifesto em meu viver diário amor pelos homens?
Procure sondar o seu coração através do sermão do monte, dos dez mandamentos, da lista do fruto do Espírito e de todos os textos bíblicos que falam sobre santificação.
Leia biografias dos grandes santos de Deus. Examine seu estado de alma tomando como base a vida que estes homens viveram. Peça para que pessoas de sua confiança lhe digam quem você é. Faça um inventário das suas últimas conversas, pois uma boa forma de sabermos quem somos é avaliando o conteúdo do que sai dos nossos lábios. A boca fala do que o coração está cheio!

6. AJA DE MODO CONCENTRADO.
Uma coisa faço! Não há santificação sem luta. Precisamos agir. Não espere que a vida de santidade lhe caia subitamente do céu. Crie hábitos de santidade. Evite o que pode arrefecer o fogo do Espírito em seu coração.
Fuja de toda distração. Não permite que nada ocupe em sua vida em termos de importância, dedicação de tempo e anelo do coração, o lugar da busca por uma vida santa. Cuidado com dedicação exagerada a coisas que em si não são pecaminosas, mas podem roubar-lhe tempo precioso que você poderia dedicar ao cultivo do seu coração.

7. PROCURE SE ESQUECER DAS COISAS QUE PARA TRÁS FICAM.
Evite trazer para dentro do cristianismo os vícios da antiga religião. Repila os rudimentos deste mundo. Fique com o evangelho somente! Não viva de experiências passadas. Não acumule o maná! Busque o novo que o Deus das doces surpresas tem para a vida do seu povo. Lance decididamente para longe de si toda nostalgia. Olhe para frente. A vida cristã é uma vida que avança. O melhor que Deus reservou para você e para mim está por vir.
Use cada etapa da vida cristã para avançar para uma outra. Seja cobiçoso. A Bíblia não condena a cobiça que faz a alma ser consumida pelo desejo daquilo que é sumamente bom.
Esqueça-se dos pecados que você praticou dos quais o próprio Deus já se esqueceu. Use esta energia que a culpa consome para a prática do bem. Não olhe para trás! Você está no meio de uma corrida. Mantenha os seus olhos fixos na linha de chegada. Olhar para trás pode desviá-lo do caminho ou levá-lo tropeçar.


8. NÃO SEJA MOLE NA ADMINISTRAÇÃO DA SUA VIDA CRISTÃ.
Imite os atletas. Esta é uma metáfora muito usada e querida para o apóstolo Paulo. Não olhe para trás. Olhe para frente. E corra! Não há tempo a perder. Aplique suas energias. Use a determinação que você já usou para passar em concursos, ganhar músculos, ficar belo, ganhar dinheiro, entre outras coisas mais, para ser santo.

9. MEDITE TODOS OS DIAS SOBRE A GLÓRIA QUE É SER CRISTÃO.
Lembre-se que foi Deus que soberanamente o chamou. Sendo assim, a carreira por si só já é gloriosa. Contudo, há um prêmio a ser dado pelo próprio Deus. Algo que atende a todas as expectativas humanas.
Satanás está por acaso querendo jogá-lo contra Deus dizendo que a vida cristã tem sido dura para você? Confronte-o! Resista-o! Pregue para si mesmo dizendo que não há vida mais fascinante do que a cristã. É privilégio sem fim atender o chamado glorioso e santo de Deus.
Analise a vida dos ímpios. Ela é desejável? Faz sentido viver uma vida que por si só não satisfaz e que caminha para algo pior? Menosprezar o chamado de Deus é razoável? Diga: “fui chamado soberanamente por Deus em Cristo Jesus para participar da santidade de Deus. Que glória atender este chamado!”.

10. COMPREENDA QUE A SANTIFICAÇÃO É UMA OBRA DIVINO-HUMANA.
Lembre-se que você já encontra-se já está em estado de graça. Foi justificado. Está em processo de amadurecimento. Algo de maravilhoso já aconteceu em sua vida. Mantenha firme o seu entendimento da seguinte verdade: Deus o chamou para ser partícipe da santidade de Cristo.
Não permita que as coisas que você não compreende no cristianismo impeçam você de viver à luz do que sabe ser verdadeiro e entende muito bem. Aguarde em Deus a solução para os seus problemas intelectuais. Se você tem dúvidas quanto a própria maneira de administrar sua vida cristã, lembre-se de que Deus prometeu que lhe esclarecerá.
Ande de acordo com o que já alcançou. Não permita que ninguém o demova da verdade do evangelho. Use cada verdade compreendida e cada etapa alcançada para avançar. Não estacione. Deus o chama para cruzar a linha de chegada.

CONCLUSÃO
Nesta passagem tão importante para o lado prático da vida cristã, tomamos consciência de duas coisas: a primeira, a origem gloriosa do nosso chamado para viver a vida cristã. Fomos vocacionados soberanamente por Deus em Cristo Jesus. A segunda verdade tão importante para nossa vida, é que há um método, uma forma, um caminho apontado pela Palavra de Deus para que alcancemos a santidade de vida.
Que sejamos até a medula tocados pelo chamamento divino que nos convoca para sermos participantes da santidade de Cristo e um dia ressuscitarmos para uma santificação perfeita. Que tudo isto nos empolgue e anime. E que tomemos o caminho que já foi trilhado pelos grandes servos de Deus no passado a fim de que sejamos santos.
Nesta passagem, portanto, recebemos a motivação para a santidade e somos apresentados ao caminho da santidade. Que de modo similar ao apóstolo Paulo possamos dizer: “... prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. Estar maravilhado com este prêmio e saber como prosseguir para o alvo são os principais segredos de uma vida santa.

@ANTONIO CARLOS COSTA
IGREJA PRESBITERIANA DA BARRA
RIO- NOV. 2006

[1] LLOYD-JONES, Martyn. The Life of Joy and Peace. Grand Rapids: Baker Books, 1999. p. 325-326
[2] LLOYD-JONES, Martyn. The Life of Joy and Peace. Grand Rapids: Baker Books, 1999. p. 318
[3] Mt 5: 1-12

[4] LLOYD-JONES, Martyn. The Life of Joy and Peace. Grand Rapids: Baker Books, 1999. p. 322-323
[5] Ibid, 328.

[6] HENDRIKSEN, Guillhermo. Filipenses Comentario del Nuevo Testamento. Grand Rapids: Subcomision Literatura Cristiana, 1989. p. 193

[7] Ibid, 194

[8] LLOYD-JONES, Martyn. The Life of Joy and Peace. Grand Rapids: Baker Books, 1999. p. 330.
[9] BRUCE, F. F. Novo Comentário Bíblico Contemporâneo: Filipenses. São Paulo, 1989. p. 134

[10] LLOYD-JONES, Martyn. The Life of Joy and Peace. Grand Rapids: Baker Books, 1999. p. 341.

[11] HENDRIKSEN, Guillhermo. Filipenses Comentario del Nuevo Testamento. Grand Rapids: Subcomision Literatura Cristiana, 1989. p. 198

Um comentário:

Arnaldo Ribeiro disse...

REVELAÇÃO / EXORTAÇÃO:
Urge propagarmos na terra, a certeza de que Jesus Cristo ja vive agindo entre nós, espargindo a luz do saber, criando Irmãos espirituais, e a nova era Cristã. Eu não minto, e a Espiritualidade que esperava pela sua volta, pode comprovar que digo a verdade. Por princípio, basta recompormos as 77 letras e os 5 sinais que compõem o titulo do 1º. livro bíblico, assim: O PRIMEIRO LIVRO DE MOISÉS CHAMADO GÊNESIS: A CRIAÇÃO DOS CÉUS E DA TERRA E DE TUDO O QUE NÊLES HÁ: Agora, pois, todos podem ver que: HÁ UM HOMEM LENDO AS VERDADES DO SEU ESPÍRITO: ÊLE É O GÊNIO CRIADOR QUE CRIA ESSA AÇÃO DE CRISTO. (LC.15.28) E cumpriu-se a escritura que diz: (JB.14.17) O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem conhece, vós o conheceis, porque Ele habita convosco e estará em vós. Regozijemo-nos ante a presença do Nosso Senhor, e façamos jus ao poder que o Filho do Homem traz às Almas Justas, para a formação da verdadeira Cristandade.

(MT.26.24) – O FILHO DO HOMEM VAI, COMO ESTÁ ESCRITO A SEU RESPEITO, MAS AI DAQUELE POR INTERMÉDIO DE QUEM O FILHO DO HOMEM ESTÁ SENDO TRAIDO! MELHOR LHE FORA NÃO HAVER NASCIDO.

E, ao recompormos as 130 letras e os 7 sinais que compõem esse texto, todos já podem ler, saber e entender quem é o Filho do Homem.

E O FILHO DO HOMEM É O ESPÍRITO QUE TESTA AS ALMAS DO HOMEM E DA MULHER, NA VERDADE DO SENHOR, COMO CRISTO: E EIS A PROVA QUE O FILHO DO HOMEM FOI TREINADO NA LEI CRISTÃ

(MC.14.41) – CHEGOU A HORA, O FILHO DO HOMEM ESTÁ SENDO ENTREGUE NAS MÃOS DOS PECADORES. E hoje, quem quiser interagir com o Filho do Homem, deve buscar “A Bibliogênese de Israel”, que já está disponível na internet. E quem não quiser, pode continuar vivendo de esperança vã, assistindo passivamente a agonia da vida terrena, à par da auto-destruição do nosso planeta....

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